A origem da figura dos padrinhos varia de acordo com a cultura. Uma das versões da história diz que o costume nasceu na Roma Antiga. Naquela época, os casais subiam ao altar ao lado de outros da mesma idade, vestidos com trajes semelhantes. O objetivo era evitar que espíritos do mal reconhecessem os noivos e amaldiçoassem a união. Dizem ainda que, na mesma época, as madrinhas acompanhavam a noiva em um cortejo, no qual ela era presenteada com flores e temperos.
Outra versão diz que, na Idade Média, surgiu a tradição da noiva ficar ao lado esquerdo da cerimônia. A ideia era evitar que alguém a roubasse. Isso mesmo! A espada ficava ao lado direito do noivo, e a ideia era que ele tivesse esse lado livre para empunhar a espada, caso fosse necessário. Com o tempo, para que o noivo não ficasse tenso durante a cerimônia, surgiu a figura do padrinho, que nada mais era do que um guerreiro de confiança que iria defender o casal se necessário. Nesse cenário, a madrinha era a dama de honra da noiva, que ficava ao seu lado para ajudar com detalhes como o vestido, o cabelo e a maquiagem.
No Brasil a tradição vem da Igreja Católica. Houve um tempo em que duas pessoas poderiam se considerar casadas se fizessem seus votos entre quatro paredes, sem que mais ninguém presenciasse o momento. No entanto, as coisas mudaram com o Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563. Nesse período, o Clero se reuniu para emitir diversos decretos dogmáticos sobre a fé e a disciplina da Igreja. E, entre outras coisas, foi criado o sacramento do matrimônio. A partir desse momento passou a ser necessário designar testemunhas para a cerimônia: os padrinhos.
Naturalmente, com o tempo os padrinhos ganharam novos significados na cerimônia e, hoje, são pessoas escolhidas a dedo para confiar segredos, desabafar e contar em qualquer momento. E não existem regras! Por exemplo: se você quer convidar um amigo como padrinho, mas não a namorada dele como madrinha, pode! Fundamental mesmo é que esse grupo de pessoas faça sentido para quem é mais importante na festa: os noivos.
Houve um tempo em que duas pessoas poderiam se considerar casadas se fizessem seus votos entre quatro paredes, sem que mais ninguém presenciasse o momento.